terça-feira, 23 de setembro de 2014

A Confraria do Ganso



       A Confraria do Ganso é uma organização que reúne alguns dos mais importantes bardos e mestres de sagas de Athelgard. A exemplo do Conselho de Magia, ela não leva em conta a raça ou o sexo do bardo, apenas sua excelência na arte de criar, contar e/ou cantar histórias. Esta, no entanto, deve ser atestada por meio de sabatinas e trabalhos apresentados diante de mestres reconhecidos, a não ser no caso de fama e saber notórios.

       A maior parte dos membros da Confraria segue a tradição de uma das três escolas bárdicas das Terras Férteis: a tradição élfica de Kalket, a tradição humana de Kalket – ambas puristas e com regras rígidas -- e a tradição mista de Madrath. Esta agrega elementos das outras duas, admite um diálogo com culturas diferentes -- como a dos elfos das florestas e as dos homens do País do Norte -- e tem performances mais teatrais. A entrada na Confraria se dá por indicação e é motivo de orgulho para os bardos de toda Athelgard, pois as exigências para admissão são bastante grandes.

       As reuniões da Confraria se dão uma vez por ano e são muito concorridas. O grupo, cujo nome faz referência ao simbolismo do ganso como patrono da arte de contar histórias -- aliás, tradicionalmente escritas com a pena dessa ave --, tem um sinete e marcas próprias que são usadas na comunicação entre os membros, tornando possível trocarem mensagens confidenciais, até mesmo em tempos de guerra. Por isso (e por sua esperteza e sorte, ambas proverbiais) é muito comum que bardos sirvam como espiões. 

       Maryan, mestra de Anna, é membro da Confraria do Ganso, e sua discípula – agora mestra de sagas da Escola de Artes Mágicas -- fica muito contente quando recebe um convite para a próxima reunião. Ela planeja sua viagem sob protesto de Kieran, que não se conforma em ficar longe de sua amada para que esta possa encontrar “um bando de velhos que ela nem conhece”.

       E o que vai sair disso?

       Descubram em A Ilha dos Ossos!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Xamanismo e o que vem por aí...



Sempre me interessei por mitologias e sistemas de crenças, mas deixo claro que não pretendo me apropriar de tradições às quais não pertenço. Como todo não-iniciado, conheço os ensinamentos xamânicos em linhas muito gerais, e me identifico com eles por preconizar a integração com a natureza, o respeito pelo semelhante e, sobretudo, aquilo que os Navajo chamam de “Caminhar em Beleza”, ou seja, a busca da harmonia em todos os aspectos.

Anna de Bryke, narradora de “O Castelo das Águias”, é quase humana, mas cresceu com a tribo élfica de sua avó, que imaginei tendo por base os povos nativos americanos (embora não um deles em especial). A tribo vive na Floresta dos Teixos e possui três espíritos-guardiões, o Lobo, a Lontra e o Corvo. De acordo com suas características e após um teste determinado pelo xamã, cada pessoa se torna afiliada de uma Casa ligada a um desses animais.

Por que resolvi falar sobre isso agora? Porque estou concluindo a escrita de um novo livro, destinado a um público um tantinho mais novo do que o da série em andamento e que mostra a Anna aos doze anos de idade, cheia de dúvidas e indagações sobre quem ela é, o que é capaz de fazer, o que lhe está destinado. Nesse livro, previsto para ser lançado no primeiro semestre do ano que vem, a futura Mestra de Sagas do Castelo das Águias empreende uma jornada por uma trilha até então desconhecida, na qual terá a chance de encontrar os guardiões e outros animais nem sempre muito bonzinhos.

Em posts futuros, falarei um pouco sobre eles e seus significados tradicionais. Espero que estejamos juntos nesta jornada!