sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Hino Torto : um poema de Anna de Bryke



Oi, Pessoas! Tudo bem?

O mundo não acabou, a vida continua e também a saga do Castelo. Eu queria trazer mais um conto pra vocês antes do fim do ano, mas nestes dias corridos não pude escrevê-lo, nem quis lançar mão de um dos contos mais longos que têm de ser postados em várias partes.

Assim, o que acabei por trazer foi um poema, acompanhado do link para um post de 2006, quando eu estava acabando de escrever a primeira versão de Um Ano e um Dia. Quem leu o Castelo ou acompanha este blog - e principalmente as poucas e generosas pessoas que fazem ambas as coisas - irá gostar de ler este texto que se entrelaça com a gênese da série, explica um pouco sobre o processo de criação e revela um dos misteriosos poemas de Kieran. Aproveitem, vocês vão lê-lo antes da Anna!

E, por falar nela... É claro que a Mestra de Sagas também arrisca seus poemas. Não são assim tão bons, mas ela tem menos vergonha de mostrá-los. E, assim como o de Kieran, ele traduz os pensamentos dela, ou talvez uma tentativa de se manter serena e otimista em meio à difícil situação em que irá se encontrar no segundo livro da série.

Eis o poema de Anna:

Hino Torto

Se algum dia um deus me tocar,
Que não queira vestir-me a pele;
Já gastei dela cada polegada
Reinventando meu destino.

Se um espírito falar por mim,
Que use sua própria voz:
Com a minha conto histórias,
Não faço profecias.

E se um herói me quiser investir
Do poder em seu nome,
Que me dê uma boa máscara
Para que eu possa fugir no último ato
Sem ser reconhecida.

Serei um ídolo de pés de barro,
Senhora do bizarro,
Oficiante de um estranho rito.

Enquanto me restar uma única palavra,
Nem espada nem magia
Lançarão mais vidas ao abismo.


.......

Adoraria comentários. Mas, se não der, tudo bem.

A todos vocês, adeptos ou não de comemorar o Natal, desejo um bom descanso e dias felizes ao lado de seus amigos e família. Ainda volto antes do fim do ano pra deixar mais um abraço.

Até breve!

Post ilustrado com uma versão fofinha de Anna de Bryke pela querida e talentosa Allana Dilene.

2 comentários:

  1. Adorei!! Admiro muito quem consegue escrever poemas, sou péssima nisso. O do Kieran também estava muito bom, fiquei de cara que você escreveu com 15-16 anos. Eu não consigo escrever um daquele nem com 25 XD.

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  2. Oi, Ana,

    que belo poema nos trouxe a Anna! Cheio de esperança, apesar da desventura que expressa nas entrelinhas. Tocante.

    Um beijo, linda amiga. Com os votos de muitas histórias partilhadas em almoços e cafés.
    Vania

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