quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Diários da Reescrita 6 : Entre Betas e Críticos


Pessoas Queridas,

Vocês já devem ter percebido que estamos entrando numa nova etapa. Saíram alguns e-books, o segundo livro da série está chegando - vocês até já sabem o título! - e as fronteiras de Athelgard estão se expandindo cada vez mais.

Em breve teremos posts sobre os personagens de "A Ilha dos Ossos", links para novas resenhas, fotos de lançamento, promoções e, é claro, contos. Não vai ser bem um reinício, porque já tínhamos bastante material para compartilhar, e ele continua disponível, mas espero que tanto a série como o blog adquiram um novo fôlego a partir de agora. E, claro, que cada vez mais leitores se juntem a nós.

Já que falei em leitores, aproveito para deixar aqui os meus sinceros agradecimentos às três pessoas que acompanharam o processo de reescrita de "A Ilha dos Ossos". A primeira versão teve cinco leitores, três dos quais foram acompanhando os capítulos à medida que eu os escrevia, mas isso aconteceu sem compromisso de parte a parte, ao passo que desta vez as minhas cobaias  leitoras deviam prestar atenção aos detalhes e apontar cada errinho, cada probleminha, cada coisa que achassem que não funcionava. Para minha sorte, não acharam muitas, e além disso elas foram extremamente gentis em suas observações - mas o mais legal disso tudo é que, analisando bem, cada uma contribuiu para o livro de uma forma específica.

A primeira a concluir a leitura não viu senão problemas ligeiros ao longo do texto. Eu tinha pedido a ela que prestasse muita atenção no desenvolvimento dos personagens secundários, pois reconheço que eles podiam ter sido mais caprichados em "O Castelo das Águias". Fiquei feliz quando
ela disse que isso foi corrigido no segundo livro. No entanto, quando chegou ao fim, afirmou que eu poderia prescindir do epílogo, o que me fez repensar e reestruturar todo o último capítulo, tornando a escrita mais fluida, ágil e direta.

Minha segunda beta, que não é - ou pelo menos não era até então - uma leitora habitual de fantasia, se preocupou com o estilo da escrita e apontou vários trechos que pareciam "melosos" ou simplesmente românticos demais para caber na prosa seca do Kieran. É a ela que se deve a maior parte dos cortes, mas também a coerência na voz do personagem-narrador.

Depois de ter feito as modificações que julguei pertinentes, sugeridas pelas duas (sim, porque há coisas das quais você não abre mão; betas não são infalíveis, e em alguns casos as opiniões são conflitantes. Follow your heart) , o livro passou às mãos da leitora crítica recomendada pelo editor. Embora sejamos amigas, confesso que eu estava apreensiva com seu julgamento; no final, seria ela a me dizer se, como um todo, a obra havia funcionado ou não. Para meu alívio, ela fez apenas algumas observações, aliás muito pertinentes, que deixaram os diálogos e reações dos personagens mais verossímeis - e ainda pegou um "furo de continuidade" que, embora fácil de resolver, poderia ter feito os "outros" leitores críticos caírem de pau.

Eu disse "os outros" leitores críticos? Sim, pois em breve irei me deparar com muitos deles. Cada pessoa que ler esse livro será um crítico e terá sua opinião, e alguns farão questão de emitir a sua, positiva ou negativa, fundamentada ou não, muitas vezes sem levar em conta a maneira como o fazem. Isso é normal e estou preparada na medida do possível, mas saibam, principalmente vocês que também escrevem e pretendem publicar um dia: nunca estamos preparados o bastante. Claro, entendemos que nossos livros não podem agradar a todos, mas a crítica maldosa, grosseira ou simplesmente descuidada fere sim. E, quando isso acontece, ajuda muito lembrar que, lá atrás, pessoas competentes e criteriosas leram nosso trabalho e o elogiaram, ainda que tenham dado pequenos toques para torná-lo ainda melhor.

Assim, às vésperas do lançamento, ergo uma taça e proponho um brinde a Ana Carolina, Vânia e Allana, as três fadas-madrinhas deste livro. Muito obrigada por acompanharem o Kieran em sua jornada. Muito obrigada por ouvirem as histórias da Anna, as minhas histórias. Muito obrigada por acreditar.

8 comentários:

  1. Só sei que eu sou a fada que usa Azul. :D

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    1. Comentando à vera, trabalhar no seu livro foi um prazer, Ana. :)

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    2. Obrigada, fadinha Primavera (essa é a invocadinha que usa azul!). Também foi um prazer trabalhar com você e com as duas betas, todas me ajudaram muito. E, como disse, quando os tapas vierem, lembrarei de seus elogios!

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  2. Muito legal! Eu gostei muito do Castelo das Águias! A única coisa que posso reclamar é que foi muito curto! Um universo tão grande com tantos personagens me deixou curioso ao final da aventura!
    Que venha a próxima!

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  3. Oi, Ana,

    Eu é que agradeço sempre esse privilégio que a vida me deu que é conviver com você, e claro, conviver com seus personagens. Foi realmente um prazer fazer essa leitura.

    Se você vier a escrever 150 romances, eu lerei os 150 e ainda farei coro para que escreva o 151...

    Agora... se tiver que disputar o direito de usar o azul...bom... ai não me responsabilizo...
    beijos,
    vania

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    1. Para mim você é a verdinha... :) https://www.google.com.br/search?q=flora+fauna+primavera&rlz=1C1GGGE_pt-BRBR457BR458&espv=210&es_sm=93&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=xeD3UsuTHs_JsQS99oDoBQ&ved=0CAkQ_AUoAQ&biw=910&bih=444

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  4. ...desde que a verdinha seja magra, linda e use óculos... por mim, tudo bem!
    beijos,
    Vânia

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